Maternidade: mitos e verdades
O médico Fabio Muniz, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, na Mooca, que trabalha com a saúde da mulher há 20 anos, comenta que existe muita informação que precisa ser desmistificada. Segundo ele, a glamourização da maternidade nas redes sociais, por exemplo, pode causar expectativas irreais. “Associada aos mitos, hoje em dia temos a Internet, que traz muita informação adequada, mas também muita informação sem fundamento científico e isso causa inúmeros problemas”, afirma:
E prossegue:
“Um dos mitos da gravidez que posso destacar é o dito popular de que a gestante tem que comer por dois. Na verdade, a gestante precisa ser avaliada de acordo com o padrão nutricional dela no início da gravidez e, assim, definir o ganho de peso esperado”, acrescenta o obstetra.
Em seguida, faz questão de pontuar que outro mito que merece atenção é o que afirma que o pré-natal só começa quando a mulher descobre que está grávida. “O início do pré-natal deve ser quando a mulher decide que quer engravidar. Em geral, ela deve passar em consulta três meses antes para fazer uma avaliação da saúde e a reposição de vitaminas, principalmente do ácido fólico”, conclui.
A pediatra e responsável pela área de Neonatologia do São Cristóvão, Claudia Conti, afirma que um dos principais receios das mães de primeira viagem é não saber lidar com o bebê: cuidar, dar banho e amamentar.
“O papel do pediatra é saber acolher não apenas o recém-nascido, mas também dar suporte psicológico para a mãe”, explica, acrescentando que a mãe é mais frágil do que o recém-nascido nesse momento.
A participação do pai no acompanhamento da gestação é muito importante. Tanto que os médicos são categóricos ao afirmar que as futuras mães que têm um companheiro que participa das consultas e dos cursos, apresentam menor risco de desenvolver depressão pós-parto. Yara Satie dos Santos, psicóloga da unidade de Neonatologia da Maternidade do São Cristóvão, concorda. “Faz toda a diferença contar como marido para dividir a novidade”, finaliza.