Novembro Azul: Bate-papo com especialista
O urologista Felipe Augusto Silva Bertagnon esclarece dúvidas sobre o câncer de próstata:
P – Quando um homem deve ir ao urologista?
R – Sempre que há alguma queixa independente da idade. A partir dos 45 anos, obrigatoriamente, todos devem ir. Adolescentes também podem se beneficiar de uma consulta urológica em um período de tantas mudanças físicas e hormonais.
P – Posso fazer algo para prevenir o câncer de próstata?
R – Não há comprovação científica de alimentos ou medicamentos preventivos. A cura para o câncer da próstata geralmente está relacionada ao diagnóstico precoce. Portanto, mais importante do que saber se terá câncer de próstata algum dia é, se existir, descobri-lo logo.
P – Fazer o exame de sangue da próstata (PSA) é suficiente para o diagnóstico do câncer?
R – Não. O exame de sangue, mesmo que com valor muito baixo, não consegue excluir a existência de câncer de próstata. Ele é um auxiliar na avaliação da próstata, devendo ser usado em conjunto com a história médica do paciente, exame físico (incluindo o toque retal) e o histórico familiar.
P – Câncer de próstata é hereditário?
R – Raramente. Mas o risco de câncer de próstata é duas vezes maior se o pai ou irmão do paciente tiveram e até oito vezes se ambos tiveram. É mais comum entre homens a partir dos 50 anos. A estimativa é de que um a cada sete homens desenvolva a doença.
P – Não sinto nada. Mesmo assim, posso ter câncer de próstata?
R – Geralmente não existem sintomas sexuais ou urinários relacionados à sua existência, exceto em estágios mais avançados da doença.
P – Estou com dificuldade para urinar. Tenho câncer?
R – Não necessariamente, mas essa possibilidade deve ser investigada. O aumento fisiológico e benigno da próstata com o passar dos anos, a partir dos 40 anos, geralmente justifica os sintomas de dificuldade ou desconforto para urinar, jato miccional mais fraco, acordar à noite para urinar, demora na hora de iniciar a micção, entre outros.
P – Qual o melhor tratamento para o câncer de próstata?
R – O tratamento é específico para cada paciente, mas a cura é obtida a partir de dois métodos: radioterapia ou cirurgia. A cirurgia pode ser convencional (ou aberta), laparoscópica ou assistida por robô. Alguns tipos de câncer de próstata, menos agressivos, podem ser apenas observados, sem necessidade de tratamento imediato, esperando pela mudança de suas características. Existem vantagens e desvantagens nas diferentes abordagens e o correto é discuti-la com seu médico.
P – Vou ficar impotente após a retirada da próstata?
R – Não necessariamente. A ereção presente e boa no pré-operatório é um bom indicativo para o resultado após o tratamento. Em alguns casos, a cirurgia também pode acarretar alterações na continência urinária, sobretudo em doenças mais agressivas.
P – O urologista também atende mulheres?
R – Sim. Cuidamos do sistema genital masculino, além do sistema urinário de ambos (rins, ureteres, bexiga e uretra).
Mulheres também podem ter infecções urinárias, cálculos urinários, tumores malignos e benignos do sistema urinário, além de distúrbios de funcionamento da bexiga.
Serviço:
Dr Felipe Bertagnon é especialista
em urologia e membro da SBU.
Rua do Oratório, 1606 – sala 505
Tel. (11) 2613-3708
Whatsapp (11) 98820-9321