Adotar um pet: emoção x razão
A chegada de um animal em casa pode causar muitas mudanças na rotina da família. A alegria e, ao mesmo tempo, a ansiedade em ter um amigo de quatro patas pode gerar desconfortos futuros. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre eles 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Geralmente, o maior número de abandono é no primeiro ano de vida do animal. Muitas pessoas tomam a decisão de adotar um pet de forma precipitada, isso ocorre porque a emoção, às vezes, vem antes da razão.
Os pets necessitam de espaço, passeios frequentes, alimentação adequada e de qualidade, banhos, vacinas, medicações, visitas ao médico veterinário, acessórios e, em alguns casos, precisam de adestramento para levar uma vida social. O tempo é muito importante, mas quando são ignorados, alguns adquirem comportamentos desagradáveis para chamar a atenção, como fazer as necessidades em local errado.
Antes de escolher um pet de estimação, é importante obter informações sobre as particularidades de cada raça, como temperamento, adaptação ao espaço que ele ficará e sempre tentar conciliar a energia dele com a nossa. Alguns questionamentos são importantes. Por exemplo: saber por que quer um cão e quanto tempo do seu dia conseguirá ficar ao lado dele; se tem suporte financeiro para oferecer um bom padrão e qualidade de vida e se todos da casa concordam com a sua decisão.
Possuir um animal de estimação é uma decisão importante que, na maioria das vezes, mudará a vida da família, que conhecerá um amor incondicional, que não exige nada em troca e oferece uma fidelidade eterna.
Dra. Camila Gusson é médica veterinária do Hospital Veterinário Animaniacs. Graduada pela Universidade Metropolitana de Santos; aprimoramento em cirurgia e clínica médica no VCA em Denver, no Colorado (EUA); pós-graduada em cirurgia de tecidos moles. www.animaniacs.com.br