Reencontro com suas origens
A 24ª Festa do Imigrante, tradicional evento da cidade organizado pelo Museu da Imigração, na Mooca, reuniu comunidades de imigrantes e descendentes de diversas nacionalidades que contribuem, até hoje, com o crescimento da cidade de São Paulo. A programação contou com 58 expositores, divididos em oficinas de danças, músicas, artesanatos e farta gastronomia. O público teve a oportunidade de participar também de oficinas culinárias e aprender como preparar pratos típicos e integrar temperos, especiarias, cores, texturas e aromas em diversos produtos tradicionais de diferentes lugares do mundo, como Moçambique, Congo, Síria, Iraque, Japão, Noruega, Polônia, Itália, Espanha, Bulgária, entre outros.
Nesta volta ao mundo gastronômico, destaques para o lanche de salmão da Noruega; o doce de creme de baunilha com massa folhada que a polonesa Elzbieta Sobolewska de Lima jura por Deus que era o preferido do Papa João Paulo II. “A gente faz como era feito antigamente”, comenta, enquanto corta a conversa para atender mais um visitante. De Moçambique veio um bolinho, parente do famoso Acarajé baiano, feito com farinha de feijão de corda e cheiro verde.
No palco, localizado no jardim do complexo da antiga Hospedaria de Imigrantes, destaque para as apresentações artísticas e shows de diversos países como Palestina, Rússia, Portugal, Cabo Verde e Peru. O público participou de oficinas de dança e conheceu alguns ritmos estrangeiros variados, arriscou passos russos, húngaros e croatas e fez parte das danças do dragão da China. Outro momento de interação com as comunidades de imigrantes aconteceu durante as oficinas de artesanato. Mais de 20 mil pessoas visitaram o evento.